O Projeto Óleo Cidadão, desenvolvido pelo 11.º Batalhão de Polícia Militar, em Campo Mourão, foi apresentado na Escola de Governo, em Curitiba, nesta terça-feira (03). O trabalho de policiais militares junto à comunidade propõe destinação correta para o óleo de cozinha, usado em casas, lanchonetes e restaurantes e ajuda o projeto Formando Cidadão, que ajuda a retirar jovens de situações de risco social.

Destaque em todo Brasil, o projeto auxilia na preservação do meio ambiente e também colabora para a participação da comunidade em atividades desenvolvidas pela Polícia Militar. “Com esta campanha conseguimos aprimorar o trabalho desenvolvido no Formando Cidadão, dando mais oportunidades aos jovens”, afirma o chefe da Casa Militar e um dos idealizadores do projeto, coronel Antônio Aurélio Alves Chaves da Conceição.

O óleo de cozinha é vendido a uma fábrica de biodisel, em Marechal Cândido Rondon. Essa foi a forma que a tenente Luciana Kern, organizadora do projeto, encontrou para conseguir recursos e ampliar os serviços prestados pelo Formando Cidadão. “Depois de dois anos de funcionamento da campanha, arrecadamos mais de 30 mil litros de óleo de fritura. Esse total foi transformado em R$ 15 mil, investidos para melhorar as atividades dos adolescentes”, ressalta.

Para o comandante do 11.º BPM, coronel Geraldo Moliani, o projeto é uma das possibilidades de a Polícia Militar trabalhar em conjunto com a comunidade. “Este projeto ajuda os adolescentes que têm menos possibilidades e contribui para a preservação do meio ambiente”, elogia.

O projeto conta com postos de coleta para o recolhimento do material, em igrejas, colégios, empresas, lanchonetes e restaurantes, que armazenam o óleo usado para frituras em galões cedidos pela Polícia Militar. Esses galões abastecidos ficam armazenados num espaço reservado no próprio Batalhão de Campo Mourão. A cada 45 dias, a empresa responsável pela transformação do óleo em biodisel recolhe o material.

CIDADÃO – O Projeto Formando Cidadão diminui os riscos de vulnerabilidade dos jovens perante a sociedade, principalmente os das classes mais pobres, e está em seu 9.º ano. “As atividades colaboram com o desenvolvimento dos jovens, retirando-os das ruas e das situações de risco social. Essa atitude colabora para a diminuição de problemas sociais que afligem nossas comunidades”, afirma o coronel Aurélio.

Em parceria com a prefeitura e com instituições, 70 adolescentes participam do projeto que contribui com a formação social e cidadã e oferece cursos profissionalizantes. “Projetos assim são formas de aproximar a Polícia Militar com a comunidade, evitar que os jovens se envolvam com crimes e educar civil e moralmente esses cidadãos”, disse a tenente.

ÓLEO – O óleo de cozinha, despejado erroneamente nas pias ou privadas das residências, contribui para a degradação do meio ambiente. No entanto, a poluição por despejamento de óleo pode ser minimizada se ele for destinado corretamente. Veja as implicações do óleo despejado em lugares impróprios:

– No ralo da pia: gruda na parede das tubulações, entope os canos e atrai insetos que podem transmitir doenças.

– No esgoto: provoca entupimento, mau cheiro e a proliferação de ratos e baratas.

– No solo: pode atingir os lençóis freáticos contaminando nossas reservas de água potável, além de tornar a camada superficial do solo impermeável dificultando a infiltração da água.

– No rio: cria uma barreira na superfície dificultando a entrada de luz e a oxigenação da água, causando a morte de peixes.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná – 03 de agosto de 2010